Nunca me importei com nada
Nem mesmo com o que faziam
Para me enganar e me explorar
Mas agora o gigante acordou
Vi isso na propaganda da tevê
Gritei isso bem alto nas ruas
Enquanto levantava meu cartaz
Que dizia: “Abaixo o funk alto no busão”
Agora espero o próximo vídeo do Anonymous
Não sei quem são e nunca vejo sua cara
Mas confio em suas palavras e no vídeo tosco
Acho legal ser assim e seguir quem não tem rosto
Esse é o meu estilo, esse é meu gosto tolo
Também confirmei presença no próximo ato
Que, aliás, nem sei quem convocou
Nem contra o que protestará, talvez pela paz
Mas tinha verde e amarelo e uma patente
Irei e vou agredir quem for de partido ou sindicato
Não quero me misturar aos sem terra ou sem teto
Tenho tudo isso e quero garantir minha propriedade
Tenho horror à esquerda que quer dividir meus bens
Dizem até que o governo quer bloquear o “feicebuqui”
Não sou bem contra a mudança, não quero radicalidade
A raiz do problema
me afeta, mas não aparece na novela
Enquanto Jabor não apoiar, não vou manifestar
Grito na rua “sem partido”,
Assumindo a ideia do opressor
VRJ - poema escrito em 22/06/2013.
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