quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Não há surpresa

A vida não me surpreende mais
Por isso chegou aquele dia esperado
Já que segui meu destino traçado
É hora da colheita prometida
Do descanso desse soldado
Para justificar minha passagem
Precisei apresentar minha identidade
Mas o que valeu no final para o fiscal
Foram os anos que contemplei
Sem viver de verdade
Resignado recebo a autorização
Para continuar minha viagem
Já que não há mais surpresa em vida
Que me carregue agora de mala e cuia
Aquela que fizera a promessa derradeira
“No final virei lhe buscar!”
Beija-me morte, não me descarte

VRJ - poema escrito em 15/02/2014.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Quando o amor apodrece

Não... nada fiz por merecer
Mas mesmo assim você veio
Fez da noite que era minha vida
Num dia com o sol sempre a nascer
Mas fez-se a justiça e tudo acabou
Você pagou seus diversos pecados
E arrebatada se foi para nunca mais

Deixando meu coração a apodrecer

VRJ - poema escrito em 11/02/2014.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Minha sagrada escritura

Orgulho-me da tradição
E ao não questionar nada
Colaboro com sua divulgação
Para tudo que está escrito
A alegoria tem explicação
Meu deus me protege
Caso não o siga cegamente
O diabo que o carregue
Misérias nas profundezas
Muito fogo, desespero e dor
O conhecimento é visto como inimigo
A ignorância é quem alimenta
E é fonte de todo esse torpor

VRJ - poema escrito em 29/01/2014.

domingo, 15 de novembro de 2015

Pátria amada, SP

O desejo me traiu
Pretendia me mandar
Para longe do Brasil
E descarada você partiu
Deixando o gosto amargo
Um resto daquele sentimento
Lembrei-me por um momento

Que à vontade me traiu

VRJ - poema escrito em 25/01/2014.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Quanto à morte

Quanto à morte, imagino
Ou daqui ela me leva 
Ou com ela convivo

Quanto ao amor, explico
Mesmo quando acaba
Ser feliz é tê-lo vivido



VRJ - poema escrito em 22/01/2014.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Minhas meninas

O caminho me foi apresentado
Alegria
Amor
Sofrimento
Terminando em tormento

Bem e mal são pontos de vista?
Sou cego
Ou apenas me nego
A sempre seguir esfacelado

Sigo desconfiado
Apresenta-se nova ilusão
Grito a todos:
Como sou afortunado!

Vida é traiçoeira
Pra quem parte
Voluntariamente
Em direção à ratoeira!

VRJ - poema escrito em 18/01/2014.

domingo, 25 de outubro de 2015

Rolezinho

Levarei até lá minha namorada
A um não-lugar tão cobiçado
Um centro de compras bacana
Vamos ver um filme gringo
Encosta o metal frio da sua arma
Dizendo que ali não é meu lugar
Isso é coisa de quem tem grana
Caso não saia de lá rápido, avisou
Incidirá em multa pesada
Dez mil contos que não ganho
Depois do mês de trabalho
Não posso passear em nenhum canto
Pois a praça não é mais do povo
O espaço público é terra de ninguém
E a propriedade privada tão valorizada
Mais do que o próprio deus ela é sagrada 

VRJ - poema escrito em 13/01/2014.

domingo, 18 de outubro de 2015

Esquecendo o retrovisor

Na minha viagem haverá mudança
Olhar para trás não será mais padrão
É claro que é necessário o perdão
Mas mirar o futuro traz esperança

Todos têm contas a acertar
Mas apenas viver o passado
Não trará bom resultado
Então melhor o cinto apertar

A mudança agora almejada
Não pode vir a conta-gotas
Terá que vir apressada

VRJ - poema escrito em 30/12/2013.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Eu, vândalo

Como não sei
Ignoro
Como não acredito
Não creio
Como nada tenho
Sou miserável
Por muitos sou julgado
Por poucos, compreendido
Pelos religiosos fui condenado
Para os liberais sou empecilho
Por todos esses fui excluído
Para os companheiros, um soldado
Sem balas no pente
Com a faca nos dentes
Quando olho pra frente
Vislumbro futuro diferente
Vejo o nada torturado
Pretendendo ser notado

VRJ - poema escrito em 26/12/2013.

domingo, 4 de outubro de 2015

Procura-se

O que procuro é difícil de achar
Ao menos é assim que penso
Pois parece que muitos já têm
Talvez meu problema seja outro
Para encontrar decidi ir de bonde
Enquanto outros espertos ousaram
Utilizaram a velocidade do trem-bala
Virtude minha nunca foi a rapidez
Mas parece que nesse assunto
Apenas agi com habitual estupidez
Recolho-me agora por um século
Quando o trem-bala estiver superado
Estarei preparado para embarcar

VRJ - poema escrito em 25/12/2013.

sábado, 26 de setembro de 2015

Desista de desistir

A desistência é doce
Cala quem quer flores
Justifica nossa ausência
E evita nova dependência
Mas quem é independente?
Caso haja alguém, apresente-se!
Desiste-se na vida de pouco
Do que realmente não nos interessa
Mas se há desejo, não abdicamos
Mesmo que seu alcance esteja
“Anos-luz” do que almejamos
Apenas como poetas fingimos
Dissimulamos a dor de uma forma
Pela quase confortável renúncia

VRJ - poema escrito em 25/12/2013.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Outros tempos

Impressionante, mas ainda eles existem
São fundamentalistas e, além disso, insistem
Na bobeira com toques de sadismo
Além da ignorância nossa de cada dia
Imaginam-se vivendo na guerra fria
Dizem defender os costumes e a família
Mas conservam deveras a hipocrisia
Naturalizam aquilo que é cultura
Têm seu deus conservado nas alturas
Distante da realidade que nos afeta
Aquela que é duramente nua e crua
Seguram na mão dos seus dogmas
Com eles imaginam ganhar o seu céu
E quando em terra tentamos cooperar
A humanidade fraternal já não lhes serve
Escondem-se da realidade atrás de um livro
Que mal lido e seguido promoveu o extermínio

VRJ - poema escrito em 19/12/2013.

domingo, 20 de setembro de 2015

Um tal progresso

O que dizer do progresso
Arrasta todos para o novo
Às vezes sinto que é o certo
Noutras vejo com desgosto 

Daqueles que em seu nome
Desafiam a alma humana
E a inteligência que foi chama
Hoje é rescaldo de incêndio

Terminado o amor pelo fogo
Despertado pela novidade
Agoniza no campo da saudade

Mas o adeus é melancólico
E deixa peças espelhadas

Perdidas na nossa cidade

VRJ - poema escrito em 15/12/2013.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Aqui jaz

Na aridez da metrópole
A tristeza de uma lápide
Uma vida em poucas palavras
Nem todas são lisonjeiras
Mas juntas formam uma visão
Não pode mais contestá-las
Quem passa as lê sem trapaça
E faz seu próprio julgamento
Tudo de bom e de ruim num só tempo
O que está lá, não está em testamento
Pobre daquele que nessas linhas
Sua própria angústia reconhece 

VRJ - poema escrito em 15/12/2013.

domingo, 13 de setembro de 2015

Mais um dia, menos emoção

Encerrou-se mais um dia dentre tantos
Idéias, sons, letras, sentimentos e pessoas
Todos embaralhados e esperando
Aquilo que foi muito importante

E agora está largado em qualquer canto

VRJ - poema escrito em 30/11/2013.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O vazio do nada

Desconfio que não exista
Embora da procura não desista
Meu objetivo é encontrar
Mas nenhum indício aparece
Talvez já esteja morto
Possivelmente escondido
Da curiosidade humana
Momentânea e pouco interessada
Melhor é fingir indiferença
Do que mesmo encontrar
O nada da existência banal
Que nos afasta da essência
Vazia de sentido real

Perdida em qualquer sexta-feira

VRJ - poema escrito em 24/11/2013.

domingo, 6 de setembro de 2015

Entre a cruz e a espada

Escolha agora seu caminho
Isso selará o seu destino
Judeus condenam cristãos
Que se dividem e se agridem
Ateus condenam religiosos
Para ganhar força se reúnem
Todos têm a verdade a seu lado
Deus agora é vil metal, é liberalismo
Condenando a mim e a você
Do poder divino ao secular
Todos tentam em vão se salvar
Só quem tem força e poder

Poderá agora consumir e ser 

VRJ - poema escrito em 24/11/2013.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A justiça deles

Hoje é dia de coxinha
O gigante abestado
Está repleto de felicidade
Ficou horas na estrada
E riu da piada sem graça
Gargalha com humoristas racistas
Aos domingos está na missa
Acha que o STF fez justiça
Esse órgão a serviço da burguesia
Vai na onda da elite conservadora
Que parece já estar de saco cheio
De ver pobre com comida na mesa
Reivindicando seus direitos sociais
Gostariam de voltar à monarquia
Legitimada pela benção divina
Na qual contente nos prendia
Era da senzala para o tronco
Chibata comendo todo dia

VRJ - poema escrito em 15/11/2013.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

E apagou-se o Sol por hoje
Apenas por algumas horas
Agora quem encanta são outras estrelas
Aquelas que não vemos mais
Pois a metrópole não permite
O céu não é mais o limite
Mas há aquelas que resistem
E emprestam sua luz a quem queira
Em plena noite de quinta-feira
Nos versos toscos de quem se orienta

VRJ - poema escrito em 14/11/2013.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A luta e a igualdade conveniente

Alguns me chamam de irmão
Desde que creia no seu deus
Seja ele transcendental
Ou monetário descaradamente
Livrai-me dessa esquizofrenia
Que o valor nosso de cada dia
Seja união entre os explorados
E a luta contra todos os opressores
Aqui resumidos em padres, pastores e bispos
Além de seus aliados
Senhores do capitalismo

VRJ - poema escrito em 11/11/2013.

domingo, 16 de agosto de 2015

Corrupção, a filha do conservadorismo

Às ruas para protestar!
Pelo quê?
Isso não importa
Importante é juntar ovelhas mascaradas
Milhares delas perseguindo uma ilusão
Morar na aprazível Miami

Fora partidos, movimentos sociais e bandeiras!
Não existe esquerda e nem direita
Só existe a moral da novela
Defendo a pena de morte
E sou contra o aborto
Não sou alienado, mas pareço tonto

A coxinha tá liberada
Mas vê se frita pouco
Porque a vida é nua e crua

VRJ - poema escrito em 30/10/2013.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Poeminha contra romantismo

O romantismo é produto humano
Em tempos de contra-humanismo
Perde seu valor essencial

Casamentos com romance
Desfazendo como lesmas
Ou como o gelo polar

Não se trata de aquecimento
Mas do esquecimento global
O amor não mais nos completa

Amar significa possuir
E para completar nossas vidas
Agora é preciso ter bom desempenho
Decidi que só amarei meu espelho

VRJ - poema escrito em 29/10/2013.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A grande questão

Caso eu esteja realmente certo
O sentido da vida está descoberto
É simples como respirar
Triste como não se lembrar
O destino foi selado no passado
Anda cambaleando no momento
Presente que não se sabe usar
O futuro é jogo de hipóteses
Mas o que é acertado nos condena
Acaso espere ainda perdão
Ou mesmo a própria redenção
Trate de esquecer o que não fez
Resolva tudo o que está pendente
Agora posso matar a curiosidade
A razão de estarmos todos aqui
É viver a vida plenamente
Chorando nossas inúmeras tristezas
E sorrindo por ainda assim querer vivê-la

VRJ - poema escrito em 06/10/2013.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Da emoção do distante

Por mais que o mar esteja distante
Não desapega de minha existência
E isso dura quase uma vida
Envia devotamente suas prendas
Recebe resignado o troco da conta
Mas o ápice desse amor avança
E não se encanta somente ao perder-se
Na indefinição majestosa que se apresenta
Entre o fim do mar e o começo do céu
Mas também pelo romance antigo
Paixão de terra e mar
Quando as ondas decidem beijar a praia

VRJ - poema escrito em 04/10/2013.

domingo, 2 de agosto de 2015

Debra Morgan

Dona de vocabulário juvenil
Palavrões a acompanhavam
Moleca com sonhos diversos
Profissão herdada do pai
Um sonho de princesa
Encontrando sapos no caminho
Seu amor verdadeiro era proibido
Mesmo como mulher da lei não resistiu
Seu coração reconheceu e resguardou
Aquele que na infância a protegeu
E que sua vida por vezes destruiu
Família é para essas coisas
E sua ausência realmente feriu
De sua vida e das mortes
De tudo agora desistiu

VRJ - poema escrito em 24/09/2013.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Era uma vez...

O que não aconteceu
Pois ninguém cedeu novamente
Pareceu estranho e estupidez
Mas entorpeceu a todos
E o resultado satisfez
Àquele que não se incomodou
Partiu para uma nova história
Na qual não cabe mais
A antiga canção da solidão
Deixe o bonde que não chega
E navegue nas redes da irrealidade

VRJ - poema escrito em 22/09/2013.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

A riqueza material

Nasceu da ganância
Maldade tipicamente humana
Cresceu toda avarenta
Promoveu a divisão
Desigualdade histórica
Resolveu cooptar
As mentes medíocres
E há quem a defenda
Utilizando mal a pena
Mesmo lhe sobrando
As migalhas caídas
Da mesa burguesa
Morrerá de bolso cheio
E de coração vazio

VRJ - poema escrito em 15/09/2013.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Somos todos outro!

A verdade parece ser uma só
Uso o idioma do colonizador
Brigo para ser aceito no mundo
E ao me comunicar na rede
E para me sentir civilizado
Escrevo “post's”
Quando sou contrariado 
Dou “block's”
Quero ser um “case” de sucesso
Meu filho iria se chamar Miguel 
Mas o registrei como Michael
Aos poucos me torno yankee
Minha cultura é substituída
E minha existência fica estanque
Apoio o que não se deveria
E sobrevivo apenas consumindo
Não me arrependo por um motivo
Hoje não penso, apenas repito


VRJ & Major Quaresma poema escrito em 08/09/2013.

sábado, 18 de julho de 2015

Uma questão para a colônia

A moralidade não é à toa
Há quem diga em rede nacional
Isto é uma vergonha!
Mas agride garis numa boa
Carrega os preconceitos
Que de caravelas aportaram
Queimam índios, mendigos e “travecos”
Somos bem nascidos ou remediados
Não somos bandidos confessos
Mas o que resta de consciência
É usado com pouca decência
Nascemos para vencer na vida
Nosso preconceito manchou
De patifaria nosso jaleco
Não temos cara de empregados
Temos assistência cirúrgica
À custa da nossa essência perdida
Falseamos o ponto na entrada e na saída
Não servir ao público é falta de compromisso
Somos da pátria os filhos queridos
Misto de traficante de sonhos materiais
Com assassinos da cultura nativa
E viva os médicos de Cuba!
Ilha da humanidade revivida

VRJ - poema escrito em 29/08/2013.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O invisível

Não se poder ver
Mas é permitido sentir
Viajou muito por aí
Navega naquele mar
Cujas gotas d’água
Não se pode contar
Mas se ousa imaginar
Essa é toda liberdade
Que Deus há tempos
Insiste em nos confiar
A maior dádiva que existe
É ser livre pra sonhar

VRJ - poema escrito em 29/08/2013.

domingo, 12 de julho de 2015

Meio cheio, muito vazio

Saber que nada sei é fato
Ainda mais ao ver meu prato
Nele há tudo o que aprendi
E continua muito vazio
Por outro lado é certo
O que há fora dele
É maior que um deserto
Parece-me não ter fim
Aumentando a angústia
Deve ser mesmo assim
Viver para pouco aprender
E tentar descobrir tudo
No desassossego do fim

VRJ - poema escrito em 24/08/2013.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Desafiando a vida

É certo que me iludiu muitas vezes
Os bons momentos são passageiros
Os outros duram mais do que eles
Decidi me encarcerar no meu mundo
Dessa forma posso fugir do absurdo
E enquanto você não cria vergonha na cara
Sigo te desafiando a ser melhor para todos
Especialmente àqueles que vivem a sofrer
E não lamentam mais do que uma noite perene
Não me venha com suas provas e aflições
Os pecados de minha espécie não são assim
São tão nossos como também é seu
Então tome partido e não se esquive
A omissão do destino também é crime

VRJ - poema escrito em 24/08/2013.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Doces poderes

Suspeito que o poder fascine a todos
Alastrando o fascismo a tantos tolos
Diversas vezes se encontra em má companhia
Seja pelo desejado e onipotente vil metal
Até mesmo protegido pela aura cultural
Há ainda a forma abençoada de poder
Imagino que isso deva representar apenas
Uma lamentável insegurança na espécie
Mendigando mais alienação e garantias
Para não perder suas ilegítimas regalias
Confundindo seu posto com a personalidade
Num estúpido esforço de falsear a autoridade
Tornando-se escravo da existência de seu domínio

VRJ - poema escrito em 22/08/2013.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Manda quem pode?

Nesse mundo manda quem não deveria
E só obedece quem está conformado
Àqueles insatisfeitos com essa verdade
Rebelam-se e vivem o que há de concreto
Lutando com amor por outra realidade

VRJ - poema escrito em 22/08/2013.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Pureza do amor aos animais

Sublime é o amor
Que em sua fórmula
Também contém a dor

Viemos para amar
Não para ser amados
Os animais sabem bem disso

E quando o bicho homem
Resolve aplicar essa receita
Faz-se mulher, torna-se mãe
Não é dona, mas guardiã  

VRJ - poema escrito em 20/08/2013.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Adeus inocência

A inocência sempre foi bela
Mas nos dias atuais não é mais
Foi-se essa época da graça
Agora está em posse de outro
Pertence aos menos preparados
E nem é mais tão inocente assim
Tornou-se convencida e conivente
Como aquilo que menos se espera
Encantando-se com a materialidade
Vivendo em função do superficial
Tendo como seus poetas maiores
E os filósofos de suma referência
Ideólogos de caráter obscuro
Tendo um Pedro de versos tolos
E um Olavo da miséria filosófica

VRJ - poema escrito em 04/08/2013.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Negação do sorriso

Enganam-se os que pensam
Sorrir torna a vida mais leve
Os sorrisos não nos protegem
De todo o mal que nos persegue
Agir assim é acreditar em ilusão
É cair no abismo mais profundo
Perdendo a fé e o amor estúpido
Alimentar sentimento de sabotagem
Ocultando na esperança o mundo cão

VRJ - poema escrito em 18/07/2013.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Um triste fim

Desperdicei meu tempo, minha vida
A causa era realmente perdida
Não pela terra ou pelo clima
Falta mesmo é autoestima
Em se plantando, tudo dá
Só não floresceu a mudança
Talvez por ainda ser criança
Mas o solo desse Brasil verá
O fim das desigualdades
A nova realidade que trará
O fim da concentração de renda
E da exploração criminosa
Estudei, dediquei-me e propus
Mas os poderosos me usaram
Enquanto servi a seus interesses
Recebi todo carinho e a patente
Quando sugeri mudança profunda
O pagamento foi o hospício
Levando-me a esse triste fim 

VRJ - poema escrito em parceria com Major Quaresma em 17/07/2013.