sexta-feira, 29 de maio de 2015

O regaste

Fiz pesquisa outro dia 
Em site sobre vidas passadas
Nele categórico se afirmava
Já fui grande em outra vida
Mas fiz mal uso do recurso
Pisei na alma de muitos 
Eram pequenos e vulneráveis
Fui tudo aquilo que me enoja
Nessa vida a missão se renova
Humildade e falta de recurso
Agora é viver no fio da navalha 
Sem esmorecer nessa batalha
Mudar de verdade para melhor
Sendo outra pessoa dessa forma
Sem deixar de ser quem sou

Realizando profunda reforma

VRJ - poema escrito em 10/07/2013.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Sem compromisso

Escrevo essas linhas agora
Para me desculpar por tudo
Não fui capaz de cumprir nada
Não lhe trouxe a Lua
Nem mesmo as estrelas
Apagaram-se todas, na verdade
Assim como nosso romance

Não há como compensá-la
Nem mesmo dizendo o que sinto
Como depositei toda esperança
Penso que encerrou-se o ciclo vital
Agradeço a quem criou enredo

Aproveito e faço a última promessa
Dessa vez garanto que vou cumprir
De longe desejo sua felicidade
E que venha em pedacinhos
Dessa forma estará melhor distribuída

Por todos os dias que não mais a verei

VRJ - poema escrito em 07/07/2013.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Outro final

Não queria um triste fim
Resolveu agir para mudar
Ao mudar, desistiu do objetivo
Mas não sabia ao certo o motivo
Importa é estar nesse instante
Consciente, com equilíbrio e vivo
Descartando o que não mais importa
Vai arrumar tudo o que precisa agora
Para viajar sem peso desnecessário

VRJ - poema escrito em 06/07/2013.

terça-feira, 19 de maio de 2015

De volta para o passado

Minutos e horas passam ligeiros
Os dias e os meses também
Aparentemente mais arrastados
Navegam os anos e as décadas
Quando se toma consciência
Já se foi uma vida inteira
E o mais marcante nisso tudo
Foi aquele eterno segundo
Tão profano quanto divino
No qual descobri amor por ti
E consegui ver sentido em tudo
Passado, presente e futuro

VRJ - poema escrito em 02/07/2013.

domingo, 17 de maio de 2015

Nova caixa de Pandora

Atrocidades mil e nenhuma novidade
Os deuses pensaram que seria castigo
Em verdade vos digo: ‘eis de sofrer’
Nosso cotidiano é demasiado humano
Tristeza, violência e muita exploração
Aumentando o ‘ibope’ da degradação
Mas resiste o verdadeiro amor em SP
Por isso talvez seja pueril a maldade
Que ainda sairá desse baú de infelicidade
No mais, sempre restará a esperança
Recompensando com ilusão essa cidade

VRJ - poema escrito em 29/06/2013.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Um, dois, três
Foi-se a chance outra vez
Quatro, cinco, seis
Nunca foi minha, é de vocês
Sete, oito, nove e dez
Sumiram as idéias, ficaram os papéis 

VRJ - poema escrito em 29/06/2013.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

MSN (Movimento dos sem nada)

Sem nada permaneço
Não espero mais nada
O futuro ficou no passado
Morto, triste e enterrado
Mas mesmo pobre e infeliz
Deixei intenso o meu legado
Não morri nas mãos do patrão
Mas do amor outrora renegado

VRJ - poema escrito em 29/06/2013.

sábado, 9 de maio de 2015

Elogio ao vazio

Mente vazia não é latifúndio
Pode ser meditação que eleva
Muitas vezes é espaço profundo
Algo que fala mais alto e cala
Sufoca a existência da alma
Despreza a parafernália moderna
Sente saudade do que não viveu
Luta pelo direito de ser o que é
Mesmo que não seja ninguém

VRJ - poema escrito em 28/06/2013.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Ovo da serpente

Espalhe por todos os cantos
A corrupção é o maior mal humano
Esqueça os verdadeiros culpados
Levantando bandeiras brancas pela paz
Em nome da moral e dos bons costumes
Aquela tradição que permite absurdos
Milhares morrerem de fome e de sede
Despojados até mesmo do simples viver
Esconda a mais-valia e a propriedade
Ela é privada e a responsável por isso
Quem é acomodado vai até preferir
Sem a verdade vai poder sorrir
É nítido que há uma divisão social
Só serve aos poderosos criminosos
Mas a classe servil, medíocre e babaca
Vai agarrar essa ideia como se fosse sua
Aos despossuídos sobrará o preconceito
E a desgraça de carregar em suas costas
A burguesia e os medianos cheios de soberba

VRJ - poema escrito em 27/06/2013.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mascarado sem classe

É pau, é treta
É o fim do caminho?
Na quebrada desgosto
De um povo sofrido
O leite Ninho tá longe
Nos arredores da Paulista
Ou num distante banco suíço
A tevê insiste em dizer
Que somos todos brasileiros
Mas as riquezas têm propriedade
Notei uma diferença nisso tudo
Eu e meu vizinho não fazermos parte
Aqui não chega quase nada desse montante
Nem conheço essa elegante senhora dignidade
Deve ser culpa minha por não ter mérito na cidade
É o que diz meu patrão todo santo dia
Varti, corre atrás que você consegue
Mais uma migalha de felicidade

VRJ - poema escrito em 23/06/2013.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Sem rosto e sem vergonha

Na mitologia cristã deu a outra face
A classe média pagã segue sem cara
Apóia quem não mostra o rosto
E fala bobagem sem a menor graça
Acostumados que são pela manipulação
Tiram o contexto histórico do brasileiro
Calam-se nas matérias importantes
Omite quem é a corja que nos oprime
Faz fita, cria pânico e ainda assim é ouvida
Sou descolado, leio a Veja e sigo a Globonews
Sou contra a PEC 37, a PEC 33 e quero paz
Talvez meu lugar seja mesmo ir a “PQP”
Só se for open bar e puder ser celebridade
Datena, Resende, Jabor e Pondé vou encontrar
Vou descobri-los pelo tato, pois máscaras vão usar
O inferno tem TV a cabo e não vou mais pagar
Anonymous, queridos falsos, também não vai faltar
Lá tem CNN, AL Jazira, Globovisón e meus líderes
Hitler, Mussolini, Sadam, Marinho e muitos papas
Com todos eles pretendo dormir de conchinha
Afinal de contas sou mais um pobre coxinha

VRJ - poema escrito em 22/06/2013.