Saudações a quem tem coragem
Aos que tão aqui pra qualquer viagem
Não fique esperando a vida passar tão rápido
A felicidade é um estado imaginário
Pense e dance
Pense
Pense e dance
Barão
Vermelho - Pense e Dance
A opção brasileira de
informar, formar opinião e construir conhecimento é uma das mais pusilânimes
que existem. Não é só aqui, mas aqui nos incomoda diariamente. E também não
acontece somente nos meios de comunicação de massa, mas (por exemplo) passa
pelos bancos universitários, nos quais aprendemos que ser “neutros” é virtude,
sabedoria ou outra babaquice dessa. Ninguém é neutro e quem tenta se passar por
isso já se decidiu pelo lado do opressor.
Mas como a cobertura
jornalística é vasta em exemplos desse tipo de posicionamento que se finge
isento e na verdade atende as demandas de determinados grupos, os quais compõem
a classe dominante daqui e do mundo, acabam por nos confrontar com maior frequência.
A situação enfrentada
pelos países do Oriente Médio e norte da África durante a chamada Primavera
Árabe, as revoltas em países como Iraque, Afeganistão, Ucrânia e Venezuela
recebem coberturas enviesadas e com um verniz de trabalho jornalístico
profissional, isento e acima de qualquer interesse. Aparece em suas linhas,
ondas ou imagens, apenas aquilo que as poucas famílias detentoras
dos meios de comunicação de lá e daqui pretendem que seja visto, ouvido ou
lido(obviamente). Ao recorrer aos escassos meios alternativos e pode se comprovar que a
verdade é reconstruída de acordo com a versão conveniente.
Diante dessa
concentração da “verdade” nas mãos de poucos, nós encontramos muitas
dificuldades para conseguir montar o quebra-cabeças que se conhece por
realidade. Sem contar na ingerência dos vendedores de ilusão (religiões) que
tentam impor seus dogmas e controlar a ignorância nossa de cada dia.
Opinar, posar de bom
moço e sempre querer aparentar ser uma entidade acima dos meros mortais que
tomam partido, seja de uma lado ou de outro, muitas vezes apenas denuncia a
covardia que assola muitos acadêmicos, outros tantos jornalistas e um sem número
de bem informados leitores da Veja e seus similares.
Não cobro
neutralidade dos meios e nem de ninguém, pelo contrário, quem diz não ter
interesses, mas faz ampla cobertura é alguém em quem não se deve confiar. E o por
quê dessa desconfiança? Todos temos interesses e uma empresa privada (meios de
comunicação e universidades ou empresas, por exemplo) dão atenção e divulgação
à aquilo que lhes interessa (e a seus anunciantes), assim como empresas
estatais, contudo são gerenciadas pelo funcionalismo público e/ou por pessoas
indicadas por quem elegemos.
Desejo uma sociedade sem
desigualdades sociais e na qual os interesses fiquem explícitos e que todos estejam
conscientes do que se quer e quem o quer. Evidentemente há mistérios em toda
existência, mas se nos prepararmos com mais critério e esclarecimento, fica
mais fácil distinguir o porquê de cada posicionamento.
Saudações
posicionadas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário