Precisamos dar um basta
A violência virulenta nos afasta
Eu quero imagens do infortúnio alheio
Quero a cena inteira, não corta pra mim
Gravada no I phone pago a prestações
Identifico-me com a agressão sofrida
Afinal de contas, a opinião pública me excita
O universitário não reage, mas falece
Na periferia diariamente dúzias desaparecem
Apenas por reagir a uma realidade injusta
Continuam chorando Marias e Clarices
Mas se arranco o braço do trabalhador
Ou atropelo proletários sem sentir dor
Do meu “erro” se apiedam sem rubor
Agora caso eu seja jovem, negro e pobre
Sou meliante e faço jus à letal sentença
Mereço o degredo, a prisão e a morte
Essa é a sorte de quem é explorado
Comete crime e sempre está errado
VRJ - poema escrito em 13/04/2013.