O momento da dor não
é o melhor para se falar, mas também não dá para calar e por isso venho aqui
dizer que a tristeza é grande. Quem ama futebol e torce pela seleção brasileira
sofreu um golpe terrível nesse tenebroso “08 de junho de 2014”.
Na nossa Copa,
novamente (Ah, Copa de 1950!), sofremos uma derrota dolorida e com requintes de
crueldade. Uma goleada histórica, mesmo tendo sido para a forte, planejada e de
futebol racional da Alemanha, nunca será esquecida. Mas a vida continua e precisamos
assimilar o golpe, erguer a cabeça e aprender com aquilo que vivemos.
Penso que o mais
importante nessa Copa seria que, ao contrário do prognóstico dos pessimistas, realizássemos
uma Copa de sucesso, com muito espetáculo, acolhimento dos povos irmãos e sem
grandes problemas. Realmente acho que conseguimos sucesso nesse objetivo.
Há tempos sabemos que
a CBF é um toca de parasitas (assim como a direção de muitos clubes brasileiros)
que pouco se preocupam com nosso desenvolvimento e só pensam quanto podem
ganhar com essa ou aquela decisão. Reorganizar uma Liga Nacional forte, criar trabalhos
de base com profissionalismo e assim começar a realizar um planejamento para
podermos voltar a ser hegemônicos no futebol mundial.
Não vou me estender
por aqui, porque a cabeça ainda está inchada e há muito ainda o que se pensar
sobre tudo o que aconteceu nesse dia. Só quero ressaltar que essa triste
derrota não diminui meu amor pelo povo brasileiro e pela seleção, pois nunca
fui torcedor só de vitórias. De forma sempre sincera, alegro-me com as vitórias
e choro as derrotas.
Mais importante
ainda, para encerrar, não me sinto humilhado por placares desfavoráveis no
esporte (inclusive goleadas ou rebaixamentos), sinto-me apenas triste com essas
questões esportivas.
Como escreveu o poeta
Sérigo Vaz:
O maior vexame da
história do Brasil foi a escravidão.
Saudações entristecidas.