domingo, 6 de abril de 2014

Perdas

Como pode alguém
Mesmo que por engano
Perder aquilo que não tem
Sentindo ainda essa perda

Porém quem tem o topete
De afirmar que não tive
Caso seja cego, não verás que tive 
Ilusão

Agora resta confirmar o adágio
Ao vencedor as batatas
Ao lado desbaratado
Solidão

Raiva não alimento
Resta-me apenado
O desgosto em não tê-lo
Derrotado

Mas nem só de vitórias
Faz-se um vencedor
Bem viver a injúria
É razão para repelir a dor

VRJ - poema escrito em 08/06/2012.


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