Navegar é preciso, amar não é preciso
Fernando Pessoa
Amor é fogo que arde sem se ver
Luis Vaz de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Tantos já escreveram em prosa e verso sobre o amor, mas sua teoria é realmente difícil de ser realizada na prática. São tantos os empecilhos nesse orbe para fazê-lo valer, que tantas vezes desanimamos em acreditar que de fato que podemos encontrar o “par perfeito”, a metade da laranja.
Embora Fernando Pessoa tenha nos alertado mesmo sobre o perigo maior em amar do que em navegar nas águas calmas ou agitadas, tendo em vista que os cálculos matemáticos tornam tais viagens e desafios mais precisos, dada a imprevisibilidade dos arroubos das paixões e dos amores. Acreditar ou não acreditar, eis a questão.
Prometo sigilo do seu nome, querida flor de lis, pois bem sei que esses assuntos não pertencem à esfera pública, são somente meus e, caso queira, serão de vossa mercê também.
Em mim sempre esteve definida minha parceira, ou melhor, desde minhas primeiras incursões à obra de Machado de Assis. Pois sim, não há dúvidas e está escancarado meu amor incondicional a Capitu. Sou devoto de seus olhos de ressaca, olhos de cigana oblíqua e dissimulada e faço questão de dizer que a ela sempre fui fiel, mesmo tendo sucumbido a algumas tentações dos amores mundanos.
A chamei por nomes diferentes, tais como Carla, Maria, Ana, Fernanda, Renata, Patrícia, Marli, dentre mais alguns poucos. Todavia procurava em outros amores, aquele que seria o definitivo e inequívoco. Esses tantos encontros foram importantes, pois o destino humano está fadado ao amor ao próximo, tendo, dessa forma, contribuído para certo amadurecimento e algum enrijecimento das coronárias desse vecchio!
Enfim, não sou poeta, tampouco romancista de qualidade, apenas um padecedor dos encontros e desencontros desta vida, os quais, como não me mataram até o presente momento, devem ter me fortalecido. Mas fortalecido para quê?
Por hora, volto ao casco para reunir forças e juntar coragem para me aproximar de você e quem sabe, há de aceitar-me em meus defeitos, minhas qualidades e minhas loucuras, ou seja, em minha humanidade. Teremos direito ao supremo sentimento, aquele que nos aproxima do Criador? Pois assim o seja!
O que temos a perder? Sei que temos um mundo mais feliz a conquistar!
Réu confesso do meu amor e do pouco que lhe tenho a oferecer, sendo mais um dos muitos deserdados de riquezas materiais e das qualidades de um super-heroi, empresto do “poetinha” um de seus esplêndidos sonetos, apenas para acarinhar-te:
Com amor e admiração,
Valter.
Embora Fernando Pessoa tenha nos alertado mesmo sobre o perigo maior em amar do que em navegar nas águas calmas ou agitadas, tendo em vista que os cálculos matemáticos tornam tais viagens e desafios mais precisos, dada a imprevisibilidade dos arroubos das paixões e dos amores. Acreditar ou não acreditar, eis a questão.
Prometo sigilo do seu nome, querida flor de lis, pois bem sei que esses assuntos não pertencem à esfera pública, são somente meus e, caso queira, serão de vossa mercê também.
Em mim sempre esteve definida minha parceira, ou melhor, desde minhas primeiras incursões à obra de Machado de Assis. Pois sim, não há dúvidas e está escancarado meu amor incondicional a Capitu. Sou devoto de seus olhos de ressaca, olhos de cigana oblíqua e dissimulada e faço questão de dizer que a ela sempre fui fiel, mesmo tendo sucumbido a algumas tentações dos amores mundanos.
A chamei por nomes diferentes, tais como Carla, Maria, Ana, Fernanda, Renata, Patrícia, Marli, dentre mais alguns poucos. Todavia procurava em outros amores, aquele que seria o definitivo e inequívoco. Esses tantos encontros foram importantes, pois o destino humano está fadado ao amor ao próximo, tendo, dessa forma, contribuído para certo amadurecimento e algum enrijecimento das coronárias desse vecchio!
Enfim, não sou poeta, tampouco romancista de qualidade, apenas um padecedor dos encontros e desencontros desta vida, os quais, como não me mataram até o presente momento, devem ter me fortalecido. Mas fortalecido para quê?
Por hora, volto ao casco para reunir forças e juntar coragem para me aproximar de você e quem sabe, há de aceitar-me em meus defeitos, minhas qualidades e minhas loucuras, ou seja, em minha humanidade. Teremos direito ao supremo sentimento, aquele que nos aproxima do Criador? Pois assim o seja!
O que temos a perder? Sei que temos um mundo mais feliz a conquistar!
Réu confesso do meu amor e do pouco que lhe tenho a oferecer, sendo mais um dos muitos deserdados de riquezas materiais e das qualidades de um super-heroi, empresto do “poetinha” um de seus esplêndidos sonetos, apenas para acarinhar-te:
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Com amor e admiração,
Valter.
é escrever sobre o amor e para alguns, senti-lo na sua forma mais pura e ampla é para poucos!!!
ResponderExcluirValter, que bonito! É muito bom ver alguém escutando o coração tão livremente... (Suspiro)
ResponderExcluirMas, dessa vez, boa sorte!
Com carinho,
Nacha.
Ricardo: Espero estar incluído entre os que o sentem!
ResponderExcluirNacha: Obrigado.
Lindo!!!
ResponderExcluirO texto, não você...hehehe
Valeu, Vaz!
ResponderExcluirAdoraria saber quem é a merecedora de tão doces e belas palavras... para parabenizá-la pela sorte de receber uma homenagem tão sublime e profunda de uma pessoa tão especial.
ResponderExcluirQue o Amor transcenda o tempo e espaço permitindo que todos nós possamos ser dignos de tamanha beleza!
Bjo
Leandra
Amiga Leandra
ResponderExcluirObrigado pelas palavras.
Por errar na mão e agir alopradamente, apenas assustei minha candidata a Capitu.
Desconfio que o amor seja sentimento unilateral e egoísta, às vezes encontra sentimento recíproco, mas não na mesma intensidade. Como necessitamos da aprovação das pessoas, algumas vezes ao menos, criamos expectativas quanto a isso, contudo isso é uma tolice.
Por isso, amemos e apenas isso.
Bjo.
Ah, Valter... lendo essas palavras, vejo que não esqueceu das nossas noites em Paris.
ResponderExcluirChamego caloroso do sempre seu... Antonio.
Toni
ResponderExcluirComo diria Narcisa: "Ai que loucura!" rs
Abraço.
Valtinho, mesmo com o computador desconfigurado (nao tem acento), resolvi postar um comentario.
ResponderExcluirO VERDADEIRO AMOR ENCHE NOSSA ALMA DE CORAGEM. INDEPENDENTEMENTE SE SUA CAPITU DEU VALOR AS SUAS BELAS PALAVRAS, SAIBA QUE SUA CARTA DE AMOR, EXPRESSOU OS MAIS BELOS SENTIMENTOS E COM CERTEZA SERVIRA DE INSPIRACAO PARA MUITOS QUE NAO TEM SENTIMENTOS ESDRUXULOS A ESCREVER CARTAS DE AMOR. Como escreveu Álvaro de Campos:
"Todas as Cartas de Amor são Ridículas..."
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
O SER ANONIMO, SEM ACENTO, RSRSRSRS E A MARLI.
ResponderExcluirBEIJOS
SAUDADES
Oi Marli!
ResponderExcluirObrigado pelas lindas palavras e presente em forma de poema... vc foi desde que te conheci uma cientista que nunca permitiu o recrudescimento de sua alma linda... eu nunca fui assim, mas admiro que seja.
Na verdade fui eu que "meti os pés pelas mãos" e assumo o equívoco como meu e apenas meu.
muito belo!!!
ResponderExcluirira
Valeu, Ira!
ResponderExcluirCaro amigo, você ecreve muito bem! E como ja discutimos, DEMOcracia é isso ai. E não existe verdade histórica, cada um interpreta e assume a perspectiva que mais lhe interessa e quem tem mais capacidade de influência$$$$$$$$ convence a massa.
ResponderExcluirHEHE - estamos todos no inferno! Deus é o Diabo e o Diabo é Deus...
Valeu, Dinho!
ResponderExcluirCompartilho de muitas de suas ideias, vc bem o sabe.
Abraço e obrigado.