quinta-feira, 26 de junho de 2014

Um poeminha alegre

A Lua vem ornar a festa
Vejo isso nitidamente pela janela
Como esse astro nos fascina

Tão bela quanto a Lua
É propriamente a vida
E o aprendizado que nos propicia

Nessa encarnação venho aprendiz
Na próxima, quiçá professor
O importante está escrito nas ruas:
Mais amor, por favor!

O Sol surge e nos ilumina
Deixa o dia repleto de alegria
Seja feliz hoje, crie seu amanhã
Deixe a tristeza de lado

Viva como se fosse todo dia
Ensolarado sábado, sem noite sombria!

VRJ - poema escrito em 03/07/2012.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Isso é só o fim

Amada amante
Resta seguir a diante
Não há mais amor
Ficou apenas a dor
Triste sina de quem amou

Esquecer agora é prioridade
Não sei como caminhar, é verdade
Recebi conselho para não olhar para trás
Mas perdi meus olhos em você
Meus pensamentos também estão aí

Bem, como último recado lhe escrevo
Mas não mais me atrevo, decerto
O último beijo, com gosto amargo
Mesmo com tudo isso, não resisto
Finalizo um poema e brota o recomeço

VRJ - poema escrito em 03/07/2012.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Mais uma de amor...

Lugar comum
Escrever a seu respeito
Mas nesse momento
Vivo despeito
Será que tem jeito?
Por hora respeito

Viva os amantes
Sonho irritante
Mas quem não o fez?
Pés pelas mãos
Mais comum do que respirar
Posso humanamente pirar?

Por fim e para não irritar
Amo hoje, agora
Em qualquer clima e lugar
Vamos todos embora
Está tarde pra reclamar
Com amor, desse fingidor!

VRJ - poema escrito em 02/07/2012.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A pureza

Nada mais puro do que o sorriso de uma criança
Gesto evidente de felicidade e esperança
As peraltices também contêm essa beleza
Quem não é tocado por isso, não tem emoção

Corresponder a esses momentos é defender o mundo
Salva-se o mundo amparando uma vida
Manifesto-me agora em defesa desse direito
Todo o resto é vestígio e não astúcia

Assolaremos aqueles que são rudes
Transformaremos nuvens e sonhos
Teremos orgulho de viver nessa cidade
Sejamos a mudança, sejamos realidade

VRJ - poema escrito em 02/07/2012.

sábado, 14 de junho de 2014

Dois pra lá, dois pra cá

Cicatrizando a ferida
Nada mais me desanima
Descortino a esperança
Subjugo a queda

Só me falta a rosa
Mas ela já enfeita
Outras paragens

Vem e aceita meus defeitos
E as poucas virtudes que tenho
Faça diferença nessa vida

Que nem a mim pertenço
Caso a glória seja alcançada
Viverá prolongada serenata

Não bailo na pista
Mas sinto e reparto
Toda a insignificância
Da existência sem você

VRJ - poema escrito em 01/07/2012.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Esquadra guerreira

Fomos a campo contra a lógica
E ela venceu, mas não me abateu
Ostentando o azul e a tradição
Mesmo na derrota, fez-se esplendor

Avante esquadra guerreira
Lutar, jogar, vencer ou perder
Nada disso é brincadeira
Levanta a cabeça e mostra-se faceira

O resultado é importante,
Mas nunca o será mais que o caminho
Guarde, da derrota, os ensinamentos
Leva contigo todo nosso carinho

VRJ - poema escrito em 01/07/2012.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A maldição de uma amizade

Como numa prece excomungada
Deixo de ter em ti, amiga amizade
Dias de honra e felicidade
Renuncio a ti, prejudicial afeição

É verdade que esperava mais de você
Deves ter esperado o mesmo tanto de mim
De minha parte quis que viajássemos além
Mas perdi nessa estação, o trem

De agora em diante, só desprezo
Os antigos diziam: Eis o preço!
Dívida paga, situação definida
A hora do adeus é sofrida

Mas seguindo e vivendo se realiza
Muito mais até do que se precisa
Indiferente em meu percurso
Menos vivo, mais recluso 

VRJ - poema escrito em 01/07/2012.

sábado, 7 de junho de 2014

Enfim só

Percebi que o que me faz humano
Nada tem a ver com socializar
A razão está em chorar

Demonstrar sentimento é humano
A fragilidade é algo real
Deve-se temer esse infortúnio

Mas nada mais humano
Do que tripudiar de quem sofre
Mesmo que soframos também

Tirar a razão de alguém
É esconder sua dor
É agir com desdém

Seja companheiro, seja parceiro
Da vida não sobra dinheiro

Da morte restará… ninguém

VRJ - poema escrito em 30/06/2012.

terça-feira, 3 de junho de 2014

O não e o sim

O medo algumas vezes é inimigo
Fugimos dele com todas as forças
Mesmo quando se deseja
Ele é forte e espanta

Mas por que a covardia vence?
Porque ela nos tapeia
Envolve-nos em sua teia
Depois abandona e abafa

Faça-se a mutação do sim e do não
Sem talvez para embaçar
Com novo recurso a alcançar
Livrando-se do trauma da negação

Eis que surge nova emoção
Seja afortunado, seja preterido
Importa é que seja bem recebido
Ajustando a vida e seu novo sentido

VRJ - poema escrito em 29/06/2012.

domingo, 1 de junho de 2014

Dissimular

Nada mais útil
Disfarçar é elegante
Tanto quanto necessário

A maioria não gosta de ser direto
Francamente somos ridículos
Por vezes desvalorizados

Dessa forma não sou entendido
Nem me entendo no que é importante
Melhor esconder, ocultar, aparentar, encobrir

Querido diário impetuoso e desgostoso
Lembra-me de ser secreto
Perdoai os excessos

Encerra essas linhas assim
Sem entender e sem esclarecer!

VRJ - poema escrito em 28/06/2012.