Hoje percebo boquiaberto
Que a cada instante fico mais
perto
Daquele desejo de me libertar
Quem sabe até despertar?
Mas quanto mais me liberto
Mais vontade tenho de fixar
xilindró
Menos cativo me percebo
Lembrança suave dos conselhos da
vovó
Ah, meu santo desespero!
Assim, destempero!
Rumo ao desconhecido
Estranho conhecido
Pessoa afirmou:
Navegar é preciso, amar não é
preciso!
Assim segue a dúvida:
Do que preciso?
A precisão matemática
Foge a meu gosto humanista
Recorro à retórica
Sem aquela paciência intimista
Nessa minha prisão inglória
Da qual me tornei insurgente
Nem a essa prisão sinto-me pertencente
Nem a minha própria história
VRJ - poema escrito em 20/05/2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário