segunda-feira, 19 de julho de 2010

Viva Maio de 68!


Algumas frases dos revolucionários do Maio de 1968:

"Abaixo a sociedade de consumo."
"O agressor não é aquele que se revolta, mas aquele que reprime."
"Parem o mundo, eu quero descer."
"Antes de escrever, aprenda a pensar."
"A barricada fecha a rua, mas abre a via."
"Corram camaradas, o velho mundo está atrás de vocês."
"Proibido não colar cartazes."
"A economia está ferida, pois que morra!"
"A emancipação do homem será total ou não será."
"É proibido proibir."
"Eu participo. Tu participas. Ele participa. Nós participamos. Vós participais. Eles lucram."
"A mercadoria é o ópio do povo."
"As paredes têm ouvidos. Seus ouvidos têm paredes."
"Não mudem de empregadores, mudem o emprego da vida."
"Fim da liberdade aos inimigos da liberdade."
"O patrão precisa de ti, tu não precisas do patrão."
"Sejam realistas, exijam o impossível."
"Não tomem o elevador, tomem o poder."

Aprendi ao longo da vida que ser heroi deveria ser algo almejado por todas as crianças, salvando o mundo dos perigosos terroristas e ditadores de plantão. A eterna luta do bem contra o mal, sempre de acordo com a ideologia da classe dominante, a qual é fartamente distribuída pelos meios de comunicação de massa, pelos tais formadores de opinião (mas eles têm opinião mesmo?) e comprada pela classe média e demais alienados, inclusive pela classe trabalhadora.

Não sou psicólogo e nem pretendo fazer análises dos arquétipos ou outras formas de análise que tanto tem contribuído para nosso entendimento sobre o comportamento humano sob esse prisma, mesmo adorando análises dos figurões da área.

Vou partir novamente para a falência do ser humano, aquilo que nos corroi pessoal e socialmente, vejam só os diversos casos que nos aparecem dia após dia enquanto estamos em nossas salas de jantar, preocupados em nascer e morrer. Salve Mutantes!

Embora nosso país tenha caminhado para o desenvolvimento, o que de fato é importantíssimo, precisamos deixar o comodismo de lado e querer sempre mais. Não basta a melhora nas condições materiais, precisamos fundar o novo homem em bases cooperativas e não pela mesquinharia capitalista sob a égide do darwinismo social rasteiro e em conluio com as religiões que naturalizam as desigualdades, de judeus a muçulmanos, passando pelo catolicismo e pelo protestantismo, ou seja, pelo ópio do povo.

Não podemos nos esquecer de que migalhas são sempre migalhas, quer elas estejam no chão ou em cima da mesa.

Devo morrer sem poder ver um mundo das realizações dos sonhos do memorável Maio de 68, mas quero contribuir criticando o estado lastimável do mundo em que nos encontramos. Que seja apenas meu legado aos filhos que não tive coragem de colocar nesse orbe, mas que eu não tenha apenas passado por esse lugar só para nascer e morrer.

Por isso os exemplos do surgimento e implementação da tal democracia, seja na Grécia Antiga com seus escravos ou a moderna com a exploração do proletariado, não me fazem a cabeça. Isso é pura enganação, uma espécie de legitimação perversa do domínio dos ricos (de sempre!) contra os pobres desse mundo de injustiças.

Ninguém virá nos salvar... salvemo-nos nós mesmos!

Recuperemos o espírito insurgente dos revolucionários pelo mundo, sejam de maio de 68, seja das outras revoltas populares e anarco-socialistas pela História da humanidade.

Saudações envelhecidas, mas insurgentes!

2 comentários:

  1. Caro amigo, escreva sempre. é melhor eu ler algo que discordo frontalmente do que ter que suportar a omissão de conceitos e a mediocridade daqueles que não têm opinião própria. Um abraço!

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  2. Valeu, Rodrigo!
    Escrevamos, troquemos ideias através de nossos blog´s e de outros também interessantes... Movimentemos ao menos a história das ideias.
    Abraço.

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