Vento No LitoralLegião UrbanaComposição: Renato Russo
De tarde quero descansarChegar até a praia e verSe o vento ainda esta forteE vai ser bom subir nas pedrasSei que faço isso pra esquecerEu deixo a onda me acertarE o vento vai levandoTudo embora...
Agora está tão longever a linha do horizonte me distraiDos nossos planos é que tenho mais saudadeQuando olhávamos juntosNa mesma direçãoAonde está você agoraAlem de aqui dentro de mim...
Agimos certo sem quererFoi só o tempo que errouVai ser difícil sem vocêPorque você esta comigoO tempo todoE quando vejo o marExiste algo que dizQue a vida continuaE se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aquiO que posso fazerÉ cuidar de mimQuero ser feliz ao menos,Lembra que o planoEra ficarmos bem...
Olha só o que eu acheiCavalos-marinhos...
Sei que faço issoPra esquecerEu deixo a onda me acertarE o vento vai levando
Tudo embora...
Tantos são os assuntos para “falar” que, às vezes, é mais cômodo calar-se. Já utilizei desse expediente em outras oportunidades, tento não fazê-lo agora. Também já lhes comuniquei oportunamente sobre minha triste hemorragia na veia artística. Sangrou, sangra e sangrará até o crepúsculo de meus dias.
Ano eleitoral com o tempero de uma copa do mundo de futebol, não apenas uma copa, mas a primeira a realizar-se no continente africano, no berço do apartheid institucionalizado de outrora. Triste ou alegre? Saberá lá o quê!
Encontros e desencontros desse orbe das expiações e provas, contagiados pelo entreguismo fácil e pelo abatimento fugaz. Acaso “ a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito” porque nadar contra a corrente? Talvez pelo fato mesmo de tentar se livrar delas (as correntes!).
Nosso porto seguro, ou seja, nosso recolhimento até a parte que nos cabe desse latifúndio, poucas vezes tem vista para o mar e também, não raras vezes, nos proporciona a desventura da solidão das paisagens.
Enfim, o mar nos apresenta todo seu fascínio de forma sedutora e nos arrasta para águas nunca d’antes navegadas e, ao afogar-nos em seus mistérios, nos traga até sua imensidão incógnita. Oportunidade para otimistas, desgraça para pessimistas e apenas mais um dia para nós, os realistas.
Minha porção anarquista é entusiasta do caos e do apocalipse, contudo a condição humana pede explicações para me sentir confortável nessa relação tempo-espaço arrastada. E, nessa toada, sigo entendendo pouco, mas arrebatado pelo desconhecido.
Como pode alguém que admira a tal liberdade, entregar-se ao anseio por ser preso ao destino de outro alguém numa dialética do amar/sofrer e ainda buscar sua síntese? Iracema ou Capitu, eis a questão! Melhor mesmo é fincar meus pés ao chão e trilhar novos caminhos bem longe da ficção, pois a vida não é para amadores, tampouco para amantes românticos, isso já passou para as páginas dos livros de história.
Encerramos nossas transmissões...
Saudações desencontradas!
Texto codificado e com mensagens nas entrelinhas, hein?
ResponderExcluirAo menos parece, né Rodrigo?
ResponderExcluirApenas mais um texto desse bastardo inglório.
Nada do que foi será
ResponderExcluirDe novo do jeito que já foi
um dia
Tudo passa, tudo sempre
passará
A vida vem em ondas,
como um mar
Num indo e vindo
infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há
um segundo
tudo muda o tempo todo no
mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Gosto de quando o mar parece calmo... Geralmente ao entardercer, mas então, a gente se arrisca em sua maré e vem uma onda mais surpreendente que a outra. Não se engane, é o mesmo mar! Mas cada onda trás uma sensação diferente.
Ás vezes, ela vem grande e nos faz levitar, tira nossos do pés do chão. Outras vezes, somos nós mesmos que damos um impulso para que possamos subir um pouco mais alto junto à onda. E ainda, é tão bom ficar se deixando envolver pelo balanço e aconchego do mar.
De certo, tem onda que derruba a gente! Mas, sempre voltamos ao mar...
Olha o tsunami!!!
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