terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sobre a sucessão dos instantes

Sua força é notável e irresistível
Não há o que possa detê-lo
Apesar dessa certeza espero
Recriar bíblica batalha
Davi e Golias dos pós-modernos
Enquanto pela razão me liberto
Dos seus caprichos somos reféns
Temos começo, meio e fim
Dizem que ele é infinito
O que não tem fim tem começo?
Sei que é senhor da razão
Só não sei qual a razão nisso
Sou preso a ele contra a vontade
E para me vingar de seu arbítrio
Consegui criar maneira de controlá-lo
Eis o relógio no pulso e na parede
A cobertura para essa heresia veio lenta
Sou presidiário do meu tempo
Só a morte me liberta e acalenta

VRJ - poema escrito em 06/04/2014.

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