quinta-feira, 30 de julho de 2015

Era uma vez...

O que não aconteceu
Pois ninguém cedeu novamente
Pareceu estranho e estupidez
Mas entorpeceu a todos
E o resultado satisfez
Àquele que não se incomodou
Partiu para uma nova história
Na qual não cabe mais
A antiga canção da solidão
Deixe o bonde que não chega
E navegue nas redes da irrealidade

VRJ - poema escrito em 22/09/2013.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

A riqueza material

Nasceu da ganância
Maldade tipicamente humana
Cresceu toda avarenta
Promoveu a divisão
Desigualdade histórica
Resolveu cooptar
As mentes medíocres
E há quem a defenda
Utilizando mal a pena
Mesmo lhe sobrando
As migalhas caídas
Da mesa burguesa
Morrerá de bolso cheio
E de coração vazio

VRJ - poema escrito em 15/09/2013.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Somos todos outro!

A verdade parece ser uma só
Uso o idioma do colonizador
Brigo para ser aceito no mundo
E ao me comunicar na rede
E para me sentir civilizado
Escrevo “post's”
Quando sou contrariado 
Dou “block's”
Quero ser um “case” de sucesso
Meu filho iria se chamar Miguel 
Mas o registrei como Michael
Aos poucos me torno yankee
Minha cultura é substituída
E minha existência fica estanque
Apoio o que não se deveria
E sobrevivo apenas consumindo
Não me arrependo por um motivo
Hoje não penso, apenas repito


VRJ & Major Quaresma poema escrito em 08/09/2013.

sábado, 18 de julho de 2015

Uma questão para a colônia

A moralidade não é à toa
Há quem diga em rede nacional
Isto é uma vergonha!
Mas agride garis numa boa
Carrega os preconceitos
Que de caravelas aportaram
Queimam índios, mendigos e “travecos”
Somos bem nascidos ou remediados
Não somos bandidos confessos
Mas o que resta de consciência
É usado com pouca decência
Nascemos para vencer na vida
Nosso preconceito manchou
De patifaria nosso jaleco
Não temos cara de empregados
Temos assistência cirúrgica
À custa da nossa essência perdida
Falseamos o ponto na entrada e na saída
Não servir ao público é falta de compromisso
Somos da pátria os filhos queridos
Misto de traficante de sonhos materiais
Com assassinos da cultura nativa
E viva os médicos de Cuba!
Ilha da humanidade revivida

VRJ - poema escrito em 29/08/2013.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O invisível

Não se poder ver
Mas é permitido sentir
Viajou muito por aí
Navega naquele mar
Cujas gotas d’água
Não se pode contar
Mas se ousa imaginar
Essa é toda liberdade
Que Deus há tempos
Insiste em nos confiar
A maior dádiva que existe
É ser livre pra sonhar

VRJ - poema escrito em 29/08/2013.

domingo, 12 de julho de 2015

Meio cheio, muito vazio

Saber que nada sei é fato
Ainda mais ao ver meu prato
Nele há tudo o que aprendi
E continua muito vazio
Por outro lado é certo
O que há fora dele
É maior que um deserto
Parece-me não ter fim
Aumentando a angústia
Deve ser mesmo assim
Viver para pouco aprender
E tentar descobrir tudo
No desassossego do fim

VRJ - poema escrito em 24/08/2013.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Desafiando a vida

É certo que me iludiu muitas vezes
Os bons momentos são passageiros
Os outros duram mais do que eles
Decidi me encarcerar no meu mundo
Dessa forma posso fugir do absurdo
E enquanto você não cria vergonha na cara
Sigo te desafiando a ser melhor para todos
Especialmente àqueles que vivem a sofrer
E não lamentam mais do que uma noite perene
Não me venha com suas provas e aflições
Os pecados de minha espécie não são assim
São tão nossos como também é seu
Então tome partido e não se esquive
A omissão do destino também é crime

VRJ - poema escrito em 24/08/2013.