quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O amor e a morte



Apaixonados são os que almejam
Morrer de amor é coisa de fanático
Amor é vida, portanto contém sofrimento
Mas quem é egoísta não suporta
A ideia de perder o que não tem
Por isso vive o drama da história
E ao amor que possui age com desdém 

VRJ - poema escrito em 04/01/2013.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Ideia perdida



Por longos anos isso aconteceu

A ideia de te perder sucedeu

Mas não há mais tristeza

Só há aquilo que se foi

Há tempos entre você e eu

VRJ - poema escrito em 04/01/2013.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Poeminha da ingratidão



Fui, sou e serei ingrato
Pois, vez ou outra, a vida pesa
E é pedra em nosso sapato
Reclamo mesmo, sou humano
Mentiras e indiferença dão no saco
Não seria certo negar o fato
Tal qual a onda no mar que muda de lado
Não farei mais oferendas a ti
Outras deusas vou venerar de imediato

VRJ - poema escrito em 02/01/2013.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Eu e ela



Sou frio e ela quente
Racional na hora errada
Ela é hábil nessa estrada
Ela é sensível e eu um ogro
Ela é colorida, eu sou bicolor
Não me arrisco e ela se entrega
Ela se aventura na vida
Eu, fácil, perco a linha
Sou velho, ela é ninfa
Ela noite, eu dia
Ela fogo, eu água
Ela não tem medo de errar
Eu erro ao temer fracassar
Sou sensato e ela é doida
Tínhamos que ser iguais?
Só podemos nos completar
Quando a diferença achegar  


VRJ - poema escrito em 28/12/2012.
 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Um tal de natal



Há quem goste dessa tradição
E quem não entenda a razão
Herança mitológica do Império
Não é a única, mas trás mistério

Acreditar no invisível é artigo de luxo
Mas não acreditar em algo é desesperança
É bom pra quem é criança e tem recurso
Para os demais é mais um dia obtuso

Mas importa é levar sua ideia
Para os outros dias dessa terra
Não o confinando no hoje

Talvez seja melhor para todos
Nutrir a esperança na mudança
E fazer dela o nome da dança

 VRJ - poema escrito em 25/12/2012.