O Código de Hamurábi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C, pelo rei Hamurábi da primeira dinastia Babilônica. O código é baseado na lei de talião, “olho por olho, dente por dente”.
É verdade que Osama Bin Laden é figura desprezível.
É verdade também que o imperialismo estadunidense é tão desprezível quanto!
Contudo hoje venho expressar minha preocupação em relação ao justiçamento yankee contra o líder da organização terrorista que deixou a grande potência de joelhos diante dos ataques de 11 de setembro de 2001.
A lei de talião teria sido deixada para trás há muito tempo, ao menos nas questões internacionais com maior repercussão, embora isso sempre tenha me parecido mais discurso do que procedimento de fato.
De nada adiantou estabelecer a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (1789), a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e a experiência de tantos conflitos na breve história da humanidade no planeta azul, pois continuamos a utilizar o expediente do “olho por olho, dente por dente” para resolver questões que ficam disfarçadas de problemas religiosos e culturais.
Gostaria de destacar que em todas as periferias do planeta essa é a lei mais conhecida e aplicada, todavia somos considerados fora da civilidade ocidental. Somos ainda vistos com desdém pelo mundo que se intitula desenvolvido. Aliás, dias atrás, em reunião dos Bancos Centrais, os países desenvolvidos apontaram a culpa pela demora na recuperação de suas economias aos procedimentos dos países emergentes diante da crise econômica mundial (pela qual, não esqueçamos, eles são os responsáveis!).
Os interesses econômicos da classe burguesa colocam explorados contra explorados e sua ideologia entorpece mentes e corações proletários. Sair desse ciclo não significa tomar parte de um lado ou de outro nessa lamentável história deflagrada no fatídico 11 de setembro.
A ideia aqui não é dar lição de moral, de história, de filosofia ou algo parecido, mas colaborar com as reflexões que tenho lido, visto e ouvido a respeito da festa e declarações de muitas lideranças e (de)formadores de opinião através dos diversos meios de comunicação.
Outra intenção era apenas tornar pública minha indignação em relação à petulância dos cães infieis (EUA) e a subserviência e entusiasmo planetário em relação ao assassinato promovido pela potência burguesa, a qual continua a achar-se no direito de decidir sozinhos os destinos da humanidade.
Não sejamos Pilatos!
Saudações discordantes!
Muito interessante a sua questão,realmente você tem toda a razão.Muito interessante seu assunto!!
ResponderExcluirGrande texto. Só observo que essa história de "direitos humanos" é um grande chicote para bater no lombo dos outros e ótima retórica para iludir "intelectuais" e "ativistas" pelo mundo afora. E a questão estadunidense dos índios? E os negros? E os latinos? E a prisão de Guantánamo? Eles adoram vir aqui deslumbrar os incautos com "relatórios de violações de direitos humanos" , mas não tem a mínima moral para exigir nada. Só deslumbram os ignaros e, inclusive, muitos "intelectuais" de "renome".
ResponderExcluirAmigo Rodrigo...
ResponderExcluirConcordo com vc.
Eles não têm moral, aliás, são eles e seus comparsas os que violam direitos e auxíliam ditaduras que exploram suas populações.
Abraço.