Café - Portinari
A história do bairro de Higienópolis começa no século XVI quando a sesmaria do Pacaembu foi doada aos jesuítas por Martim Afonso de Souza. A extensa área era delimitada pelo caminho dos Pinheiros (Rua da Consolação), Emboaçaba (Av. Dr. Arnaldo) e pelo córrego Água Branca. Na época da doação, a região foi dividida em três áreas: Pacaembu de Cima, do Meio e de Baixo.
Mais uma vez, o café foi o grande responsável pela mudança... até urbanística. A partir de 1900, começaram a surgir os casarões ao longo da Avenida Higienópolis. A maioria construída por barões de café, que moravam antes no bairro dos Campos Elíseos, comerciantes e industriais. Poucas mansões sobraram desse período, algumas delas tombadas pelos órgãos de patrimônio histórico.
Sesmaria é o nome que se dá a grandes lotes de terra que o rei de Portugal cedia aqueles que se dispusessem cultivá-las. Eram em geral incultas ou abandonadas. O bairro de Higienópolis correspondia a parte dessa região denominada Sesmaria do Pacaembu, e ocupada pelos jesuítas nos primórdios do Séc. XVI.
Porém, futuramente receberia o nome de Higienópolis (cidade ou lugar de higiene) devido às suas características, ressaltadas pela publicidade, tais como o fornecimento de água e esgoto, que na época eram existentes em poucos locais da cidade.[ Além disso possuiria também iluminação à gás, arborização e seria atendido por linhas de bondes, sendo considerado como o maior loteamento em extenção territorial e em importância social e econômica.
Fontes:
O governo tucano realmente foi coerente ao atender aos pedidos da classe a que representa!
Ceder ao desejo dos descendentes da aristocracia escravocrata (nossos nada saudosos barões do café!) foi a demonstração do desprezo que o tucanato tem pela classe trabalhadora de São Paulo e do Brasil.
Uma verdadeira “banana” para a maioria dos paulistanos!
As declarações preconceituosas e segregacionistas de alguns moradores do bairro de Higienópolis arrepiam os pêlos de todos aqueles que lutam contra o apartheid (isso mesmo!) pelo mundo.
O bairro mencionado se consolidou exatamente sob a perspectiva de construção de um bairro distinto dos demais, ou seja, um local melhor pra gente melhor! Absurdo!
Aliás, não é o único pela cidade, mas o melhor exemplo. Também serve para aqueles membros da elite e da classe média paulistana que não tiveram coragem ou oportunidade de fugir para os condomínios fechados (Alphalville ou Tamboré, por exemplo) ou mesmo ir morar em Miami.
O nome sugere que lá há higiene (saneamento básico, entre outros atendimentos) e leva a entender que nos demais não há ou não haveria. Mas é claro, pois as autoridades governamentais sempre privilegiaram (com raras exceções) atender a seu público cativo. As periferias sofrem a falta de atendimento básico, enquanto as elites e a classe média subserviente recebem as benesses da “força pública”!
Só conhecemos o atendimento a partir da negação de benfeitorias (como é o caso) ou através das filas e do não atendimento em hospitais, creches e escolas. Ah sim, além do braço armado do Estado burguês (polícia e exército).
Nossa burguesia é deplorável, pois não sabe administrar sua hegemonia e nem deixa as migalhas caírem da mesa para atender a seus puxa-sacos. Apenas no pão e circo carnavalesco e um pouco no futebol.
Tenho vergonha da nossa burguesia que ainda se pretende nobreza!
Justamente por isso os “bons burgueses” de cá, tal como Barão de Mauá, tenham perecido em nossos Tristes Trópicos. Nessa hora, junto-me a antiga ideia do professor Florestan esperando a revolução burguesa no Brasil.
Enfim, no fundo, os ex-senhores de engenho ou barões do café gostariam que voltássemos para as senzalas e que voltassem a permitir a divisão de entradas (social e de serviço).
Parabéns aos companheiros que estiveram protestando nas ruas desse bairro PODRE de chique e contra o governador “picolé de chuchu”, agregado da Opus Dei!
Abalemos os alicerces da casa grande!
Saudações diferenciadas!