terça-feira, 25 de agosto de 2015

E apagou-se o Sol por hoje
Apenas por algumas horas
Agora quem encanta são outras estrelas
Aquelas que não vemos mais
Pois a metrópole não permite
O céu não é mais o limite
Mas há aquelas que resistem
E emprestam sua luz a quem queira
Em plena noite de quinta-feira
Nos versos toscos de quem se orienta

VRJ - poema escrito em 14/11/2013.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A luta e a igualdade conveniente

Alguns me chamam de irmão
Desde que creia no seu deus
Seja ele transcendental
Ou monetário descaradamente
Livrai-me dessa esquizofrenia
Que o valor nosso de cada dia
Seja união entre os explorados
E a luta contra todos os opressores
Aqui resumidos em padres, pastores e bispos
Além de seus aliados
Senhores do capitalismo

VRJ - poema escrito em 11/11/2013.

domingo, 16 de agosto de 2015

Corrupção, a filha do conservadorismo

Às ruas para protestar!
Pelo quê?
Isso não importa
Importante é juntar ovelhas mascaradas
Milhares delas perseguindo uma ilusão
Morar na aprazível Miami

Fora partidos, movimentos sociais e bandeiras!
Não existe esquerda e nem direita
Só existe a moral da novela
Defendo a pena de morte
E sou contra o aborto
Não sou alienado, mas pareço tonto

A coxinha tá liberada
Mas vê se frita pouco
Porque a vida é nua e crua

VRJ - poema escrito em 30/10/2013.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Poeminha contra romantismo

O romantismo é produto humano
Em tempos de contra-humanismo
Perde seu valor essencial

Casamentos com romance
Desfazendo como lesmas
Ou como o gelo polar

Não se trata de aquecimento
Mas do esquecimento global
O amor não mais nos completa

Amar significa possuir
E para completar nossas vidas
Agora é preciso ter bom desempenho
Decidi que só amarei meu espelho

VRJ - poema escrito em 29/10/2013.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A grande questão

Caso eu esteja realmente certo
O sentido da vida está descoberto
É simples como respirar
Triste como não se lembrar
O destino foi selado no passado
Anda cambaleando no momento
Presente que não se sabe usar
O futuro é jogo de hipóteses
Mas o que é acertado nos condena
Acaso espere ainda perdão
Ou mesmo a própria redenção
Trate de esquecer o que não fez
Resolva tudo o que está pendente
Agora posso matar a curiosidade
A razão de estarmos todos aqui
É viver a vida plenamente
Chorando nossas inúmeras tristezas
E sorrindo por ainda assim querer vivê-la

VRJ - poema escrito em 06/10/2013.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Da emoção do distante

Por mais que o mar esteja distante
Não desapega de minha existência
E isso dura quase uma vida
Envia devotamente suas prendas
Recebe resignado o troco da conta
Mas o ápice desse amor avança
E não se encanta somente ao perder-se
Na indefinição majestosa que se apresenta
Entre o fim do mar e o começo do céu
Mas também pelo romance antigo
Paixão de terra e mar
Quando as ondas decidem beijar a praia

VRJ - poema escrito em 04/10/2013.

domingo, 2 de agosto de 2015

Debra Morgan

Dona de vocabulário juvenil
Palavrões a acompanhavam
Moleca com sonhos diversos
Profissão herdada do pai
Um sonho de princesa
Encontrando sapos no caminho
Seu amor verdadeiro era proibido
Mesmo como mulher da lei não resistiu
Seu coração reconheceu e resguardou
Aquele que na infância a protegeu
E que sua vida por vezes destruiu
Família é para essas coisas
E sua ausência realmente feriu
De sua vida e das mortes
De tudo agora desistiu

VRJ - poema escrito em 24/09/2013.